ÁRVORES DE BELO HORIZONTE

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O ponto de partida do meu trabalho com madeira foi o aproveitamento de pedaços de árvores que foram derrubadas e de sobras dos cortes, que provavelmente seriam descartadas no aterro sanitário, usando-as como matéria prima para fazer minhas peças.

Em dezembro de 2016, por exemplo, algumas árvores do jardim do Museu Abílio Barreto foram destruídas e eu aproveitei alguns pedaços das espécies Sete Castas, Pata-de-Vaca, Mirindiba e Flamboyant para fazer várias peças.

Cada espécie tem a sua textura, cor e aroma, mas o que mais me instiga a criar uma peça são os nós, as trincas, as irregularidades, as brocas, os veios, enfim, detalhes que são considerados por muitos como defeitos.

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Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a cidade conta com 485 mil árvores, de mais de 510 espécies diferentes. As principais espécies, pelo menos em quantidade, são as Murtas, Sibipirunas, Castanheiras, Ficus-benjamim, Bauhinia, Areca, Resedá, Mangueira, Goiabeira, Leucena, Alfeneiro, Oiti e Magnólia. Além dessas, tem-se aproximadamente 8 mil ipês, que são as árvores que mais alegram a cidade, principalmente na primavera, época em que estes reinam soberanos.

O ano de 2016 foi bastante complicado para as árvores de Belo Horizonte, especialmente no último trimestre, quando rajadas de vento relativamente fortes as atingiram, causando a queda de muitas.